Luxor – Show de Luzes em Karnak e templos da margem oeste

No segundo dia do nosso cruzeiro chegamos na cidade onde estão concentradas as maiores atrações do Egito depois das Pirâmides, Luxor. Antiga Tebas, a capital faraônica durante o Novo Reinado, abriga um terço dos monumentos do Mundo Antigo. Não estou falando de um terço dos monumentos do Antigo Egito, é dos monumentos do mundo inteiro mesmo. Por isso é conhecida como “o maior museu a céu aberto do mundo”.

Por isso que como aconselhei nesse post, se você não tem tempo de fazer o Cruzeiro, invista apenas em Luxor.

A cidade é dividida pelo Rio Nilo. Na margem leste, onde o sol nasce e simboliza a vida, é a cidade dos vivos. Todos os templos e monumentos foram construídos desse lado. Lá estão as atrações: Templo de Luxor e Templo de Karnak.

Já na margem oeste, onde o sol se põe e leva a vitalidade, foram construídas as tumbas e templos mortuários. Lá estão o Vale dos Reis, Vale das Rainhas, Templo de Hatshepsut e Colosso de Menon.

Aproveitamos a noite da chegada para ir ao Show de Luzes e Som no templo de Karnak. Nesse espetáculo são projetadas imagens no templo que vão contando toda a história relativa a ele e sua construção. É possível obter o áudio em várias línguas através do sistema de fones de ouvido. O interessante desse show em relação ao similar que acontece nas pirâmides, é que durante ele, você se move pelo templo, uma vez que ele tem proporções gigantescas.

No dia seguinte de manhã, fomos visitar os templos da margem oeste. Começamos com o Vale dos Reis, que esconde encravado em suas montanhas, 63 tumbas e câmaras de diversos faraós e nobres. Para se chegar a montanha é necessário pegar um trenzinho, cujo valor está incluído no ingresso. Não é possível visitar todas as tumbas, até mesmo por que nem todas estão abertas. Normalmente o ingresso de entrada no Vale dos Reis inclui entrada em duas tumbas, que podem variar de um dia para o outro. Mas não, nenhuma delas é a do Tutancâmon. Você tem a opção de comprar ingresso adicional para visitar esse tumba especificamente, mas se ela tomou fama mundial, em termos de importância e magnificência ela não é campeã. Tudo indica que ela foi construída às pressas devido a precoce morte do faraó. E perto das demais tumbas, ela é pequenininha e sem tanta pompa. O motivo de ter se tornado tão famosa é o fato de que foi a única encontrada intacta, sem ter sido saqueada. Entretanto, hoje em dia, você não a visita da forma que foi encontrada, todo o tesouro foi retirado e está em exposição no Museu do Cairo. Na tumba se encontra apenas o sarcófago e a múmia de Tutancâmon.

Lojinhas na entrada do Vale dos Reis - o véu na cabeça era só por causa do sol mesmo

Trenzinho que leva ao acesso do Vale dos Reis

Infelizmente não é permitido tirar fotos dentro do Vale dos Reis e das tumbas. Consegui tirar essa da Denise com o zoom (ela estava lá dentro e eu na área que ainda eram permitidas fotografias.

Visitamos as tumbas de Ramsés e Seti. Ambas incríveis. E apesar de toda a complexidade das inscrições e significados, a única coisa que eu conseguia pensar a esse ponto da viagem era a quantidade de artistas e a trabalheira de se fazer aquilo tudo em todas as paredes de todos os templos. Na maioria dos casos não só pintados, mas entalhados na pedra, desenhinho por desenhinho.

De lá seguimos para o Vale das Rainhas, onde também pudemos visitar duas tumbas das muitas do local. Uma delas da Rainha Ti, e a segunda por mais que eu tente me lembrar, não consigo. É muita informação em poucos dias, absorvemos o principal, o que nos interessa e o que nos choca. Algumas informações passam.

Entrada da tumba da Rainha Ti

Nosso grupo visitando o interior da tumba

O complexo é tão incrível quanto o Vale dos Reis. Algo que palavras simplesmente não explicam, só estando lá para se entender a grandiosidade de tudo aquilo.

De lá, fomos ao Templo da Rainha Hatshepsut, inconfundível por seu estilo arquitetônico único. Encravado na formação rochosa que lhe serve de base, possui três andares. Hatshepsut foi a primeira mulher líder de estado da história. Apesar de seus grandes feitos não agradou a todos, principalmente pelo fato de ser mulher, e teve até quem tentasse apagá-la da história destruindo todas as inscrições que a citavam. Das centenas de detalhes que envolvem a história da rainha, memorizei esse. Talvez por ficar abismada de como milhares de anos se passaram e a humanidade ainda não conseguiu transgredir desse ponto. Até hoje tem muita gente que se sente incomodada com mulheres no poder. Enfim, reflexões de viagem!

Logo após, fizemos uma breve parada em frente ao Colosso de Menon. As duas estátuas do faraó Amenófis, eram as guardiãs do complexo mortuário do faraó, que ficava atrás. O templo não resistiu às inundações do Nilo e ruiu. Restaram às estátuas.

Antes de seguir para nosso almoço a bordo do cruzeiro, conhecemos a fábrica de estátuas de alabastro, artesanato típico de Luxor, e aprendemos um pouco mais sobre sua confecção.

Confira os passeios da margem leste no próximo post.

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