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Nosso cruzeiro no Nilo – Al Jamila

A minha estreia levando grupos para o Egito em janeiro, foi também a minha estreia em Cruzeiros no Nilo. O meu esposo já havia passado por essa experiência incontáveis vezes, uma vez que já contei que ele trabalha com isso há mais de 10 anos, embora fosse também a estreia dele com brasileiros. Após maravilhosos dias no Cairo e Alexandria, voamos até Aswan, onde embarcamos com destino a Luxor, em um cruzeiro de 3 noites. Nosso navio foi o Al Jamila, 5 estrelas deluxe.


Foto: divulgação MS Cruise Egypt


Como expliquei aqui, o nosso barco, seguia o padrão da maioria. Cinco andares, no primeiro, parcialmente submerso, fica o restaurante onde é servido café da manhã, almoço e jantar. No “térreo” assim dizendo é o lobby e alguns quartos. No terceiro, mais quartos e lojinhas de souvenires e utilidades. No quarto, o bar e spa, e no convés a piscina com cadeiras, mesas e outro bar, onde é servido o lanche da tarde.


Uma das vantagens é que todos os quartos tinham imensas janelas com vista para fora, ou seja, para o Nilo e suas margens que podem ser avistadas durante todo o percurso. Na realidade, uma das paredes do quarto era toda de vidro. Para quem escolhe quarto triplo, o quarto fica sim apertadinho. Mas no caso do duplo é bem espaçoso e tem até uma confortável poltrona virada para a janela, na qual você pode ir apreciando a pitoresca paisagem e povoados ainda tão rudimentares às margens.


Como estávamos em grupo, passamos muito pouco tempo nos respectivos quartos. Aproveitávamos o tempo nas áreas comuns do cruzeiro. Apesar de que estava calor, ninguém conseguiu entrar na piscina, pois enquanto o navio se movia, o vento nos fazia sentir frio. E quando estávamos parados, era por que estávamos fora para algum passeio. Mas de qualquer forma aproveitamos bastante essa área, tomando cerveja, conversando e admirando a paisagem.



O navio era basicamente de alemães (idosos), e nós, 16 brasileiros. Então, como se pode presumir, animação não era um ponto forte do cruzeiro. Não para eles. A festa típica que normalmente acontece em todos os cruzeiros foi cancelada por falta de adesão da parte deles. Compensamos isso nós mesmos. Era aniversário de dois integrantes do nosso grupo. Providenciamos bolos, instrumentos e celebramos no melhor estilo brasileiro-egípcio. Cantando e dançando junto com a tripulação egípcia do navio. Um “parabéns” que durou aproximadamente meia hora e teve suas versões em português, inglês e árabe. Mostrei nesse vídeo.


No dia seguinte foi dia do show de dança do ventre e Tanoura. Diferente das noites do Cairo que dançávamos muito com as dançarinas, no cruzeiro foi meio constrangedor, pois os alemães assistiam ao show como quem assiste a uma ópera. Ficamos quietinhos também.


A tripulação egípcia logo se identificou com os ânimos brasileiros. E passaram a brincar fazendo escultura de roupas de cama nos quartos. Um dia era um crocodilo, no outro era um espantalho sentado de frente para a porta do quarto. E apesar de normalmente ser brega, foi divertidíssimo esperar o que eles aprontariam naquele dia. Com direito a ficarem escondidos e tudo para ver nosso susto com o espantalho. Mas obviamente, isso aconteceu por que demos abertura. No geral são muito profissionais e educados os tripulantes.



Tínhamos 11 visitas programadas para o Cruzeiro: Grande Barragem de Aswan, Obelisco Inacabado, Templo de Philae, Templo de Kom Ombo, Templo de Edfu, Templo de Hatshepsut, Templo de Karnak, Templo de Luxor, Colosso de Menon, Vale dos Reis e Vale das Rainhas; que conto sobre elas em outros posts, mas devido ao roteiro dos alemães, anunciaram que teríamos uma parada extra em Esna, que rendeu os episódios mais engraçados da viagem, que também contarei em um próximo post.


Na volta da parada em Esna, era hora da embarcação passar pela eclusa. Subimos ao convés para assistir como se dava esse processo de mudança de nível do rio. Mas como egípcios não perdem uma oportunidade de negócio, não é que já inventaram o “mercadão do Nilo” (denominado por mim). Como o navio precisa parar enquanto é elevado ao próximo nível, vem vários barquinhos a remo com egípcios vendendo diversos itens, a maioria artigos têxteis que podem ser jogados e molhados. Eles vêm gritando e mesmo sem você querer começam a jogar os produtos lá em cima do convés para você ver. Gente, são quatro andares. E começam a negociar gritando. Os brasileiros rapidinho entenderam como o negócio funcionava e entraram na onda. Era saquinho de produto voando para cima e pra baixo e aquela gritaria de negociação. Fizemos ótimas compras. Está certo que nem tudo que compramos descobrimos o que era exatamente até agora, mas darão ótimas toalha de mesa. Quando não queríamos algo colocávamos no saquinho e jogávamos de volta, quando queríamos, colocávamos o dinheiro no saquinho e jogava também. De vez em quando caia da água. Mostrei isso tudo nesse vídeo. O grupo todo estava tão entretido na negociação que nem nos demos conta do resto do barco. Quando viramos de costas para dentro, é que vimos que não tinha sequer um passageiro (alemão) que não estava olhando para gente. E quando pensamos que não, alguns deles vieram comprar também.


Sem dúvidas, os dias de Cruzeiro foram muito divertidos, não só pelas visitas e parte histórica, mas também pela oportunidade de convivência durante os momentos de navegação.

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