Quem tem boca “vaia” Roma
- Michelle Bastos
- 25 de fev. de 2015
- 3 min de leitura

Se estiver planejando uma viagem pra lá, sugiro que não leia esse post. Ele não é uma tentativa de convencer ninguém, são apenas as minhas impressões, nas quais você não precisa concordar. Leia-o quando voltar!
Tomando certa licença literária, em titulei o post dessa forma pois o trocadilho expressa melhor o sentimento que tenho em relação a essa cidade. E pelo que vocês podem ver, não são os melhores deles. Eu como grande entusiasta quando o assunto é viagens, sempre amo todos os lugares que visito, sempre quero ficar mais, sempre quero voltar. Não em Roma.
A essa altura você deve estar pensando que eu tive uma experiência super traumática de viagem. Nada disso! Então, você deve estar me considerando completamente louca de não ter admirado a imponência do Coliseu, a beleza da Fontana di Trevi, a grandiosidade do Vaticano. Também não foi exatamente isso que aconteceu.

Quando fui a Roma há quase dois anos, não sabia muito da história e do significado do local. Meu conhecimento não passava das aulas de história da escola, que vamos combinar, já faziam anos e anos. Fui completamente livre de preconceitos e opiniões formadas. Aliás, se eu estava sugestionada, era positivamente.
Adoro aquela sensação de sair do aeroporto, e pela janelinha do ônibus ir me encantando com a cidade no caminho pro hotel. Essa hora é sempre mágica, o primeiro contato com aquele local até então completamente desconhecido. Mas vamos dizer que de cara, já não tive esse encantamento. E não sei porquê. Só sei que não senti “borboletas no estômago”.
Sai para conhecer a cidade, e quanto mais eu andava, ia me dando uma sensação péssima, uns arrepios, uma angustia. Não estava vendo graça em absolutamente nada. Não que eu não reconhecesse o valor de tudo aquilo a minha volta, mas a atmosfera da cidade, na minha opinião, rola uma coisa muito pesada. Aquelas ruas sombrias, definitivamente não tive nenhuma sintonia vibracional com o lugar e pra falar a verdade estava contando os segundos pra ir embora. Fui cinco horas antes pro aeroporto de tanto desespero de sair daquele lugar, porque eu realmente me sentia mal lá. Continuei minha viagem por Milão, Veneza e Verona, que fizeram valer o passeio. Amei essas cidades, queria morar lá, voltar lá … e tudo mais como de costume. Não era meu humor que estava ruim, era o “santo” de Roma que não batia com o meu.

Quando voltei, coincidentemente, comecei a ler um livro espírita (Há dois mil anos, do Chico Xavier), que relatava a vida Romana na época do império. Foi quando as coisas começaram a fazer mais sentido pra mim. Tudo de terrível que aconteceu naquelas ruas eram motivos mais do que suficientes pra minha aversão. Mas quando eu fui, eu simplesmente não tinha dimensão do que aqueles monumentos foram palco, e o que aquelas ruas presenciaram. Quanto sofrimento, quanta dor, quantas mortes. Fruto da ignorância, prepotência e orgulho dos seres humanos.

Pra mim, o Coliseu esta para a existência humana assim como Auschwitz, mas está para o turismo como um local em que todos se sentem orgulhosos da “magnificência” humana. Todos se sentem culpados de sequer aparecer em uma foto no citado campo de concentração, e sorrir em uma delas é impensável. Afinal, quem é você? Mas ninguém tem o mínimo de comiseração em fazer a sua self ostentando a “maravilha” que é um local em que tantas pessoas foram cruelmente mortas (Coliseu).
Não é um julgamento, pois por ignorância, eu também fiz (olha aê). Talvez falte conhecimento e informação do que realmente o Coliseu significa, aparte a genialidade arquitetônica.

Isso não significa que não se deva ir lá. Acho que todo lugar do mundo deve ser visitado. É por isso que eu viajo, para aprender. Mas nem todos os lugares tem uma boa lição a contar. E acho que esse aprendizado não estaria completo sem a consciência do que aquilo tudo realmente conta da história ocidental.
Maaas, como Karma é Karma, e ate você superá-lo, a situação vai se repetir na sua vida (hehehe), o Sedik amaaaaa Roma. Pra ele é o melhor lugar do mundo, se sente super bem lá. E acho que ele tem todo o direito de ter essa opinião. Então, para atender um pedido dele, para onde será minha próxima viagem? Tcharamm … Roma! Oh my God! Ele jura que vai mudar minha opinião sobre. Então, quis escrever esse post antes de ir e quem sabe depois fazer um comparativo. Aguarde e verá!
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