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O preço da saúde no exterior



Adoro observar as projeções de mundo perfeito que os brasileiros fazem do “primeiro mundo”. Uma das máximas do complexo de inferioridade brasileira é “no exterior a saúde funciona”. Funciona? Funciona. É boa? É. Mas quem te falou que não paga?


Ah mas vai… paga-se um preço justo. Justíssimo, inclusive proporcional a qualidade do serviço - caríssimo. O Brasil é um dos únicos países com serviço de saúde pública, que está muito longe da perfeição mas, pelo menos tem. (Nâo quero me estender aqui, pois todo mundo conhece muito bem).


E como funciona no “exterior”? Lembrando que falo pelos países que já vivi, né gente. A maioria das pessoas tem plano de saúde, e se não tiverem vão ter que pagar pra tudo. E tudo é caro, como eu contei aqui, a minha cirurgia quando quebrei o braço nos Estados Unidos ficou em 20 mil dólares.

Entretanto, existe uma vantagem. Apesar de ser oneroso, o bem estar está em primeiro lugar. E isso confunde algumas pessoas que acham que o serviço será de graça. Quando você chega no hospital, parte-se do pressuposto de que se você está lá é porque está mal, certo? Ninguém vai pra passear. Então, que diferença faz o seu nome, o que você faz, você será atendido no mesmo instante com tudo do bom e do melhor. É um ser humano que está ali. Maaas, quando você estiver bom e saindo vai escutar: vai pagar como?


Nem que eles parcelem pra você pagar pro resto da vida, mas não sera de graça.


Teve uma historia muito engraçada, de quando estávamos na Alemanha na Copa do Mundo de 2006. Conhecemos um outro brasileiro, e um certo dia ele se envolveu em uma briga e machucou a perna. Ele não deu atenção, só que uns dias depois a perna só piorava. Quando resolveu procurar ajuda, teve que ser internado em estado grave, podia ate perder a perna. Como não pediram nada dele e ele não tinha seguro de viagem (em 2006 a Europa não exigia, hoje exige na entrada), ele achou que ia ser tudo de graça. Falamos com ele, “olha, não é de graça não, é caro”. E ele falava que a gente não sabia de nada. Que o Sistema de saúde alemão era o paraíso, ele estava curtindo um “hotel 5 estrelas”. Ficou 20 dias internado. Na hora de sair: Vai pagar como? Hein, han, mas não eh de graça? Claaaro que não. Rapadura eh doce mas não eh mole, minha gente. A dívida girava em uns 100 mil euros.


Como não tinha como fazer nada, ele teve que assinar um termo de compromisso com a dívida e não poderia sair do país até pagá-la. Colocou os imóveis a venda no Brasil e tudo mais. Por sorte, conheceu por acaso uma mulher que era de uma ONG que ajudava brasileiros, e essa ONG não sei se pagou ou negociou a dívida dele lá. Ainda sim, ele pagou uma parte.


Também na Copa de 2006, a minha irmã cortou o pé em um caco de vidro. Foi atendida em uma tenda de primeiros socorros e encaminhada para o hospital para dar 3 pontos. Believe me or not, isso custou 300 euros. Não pagamos, porque na época ela era residente em Portugal, que tem uma acordo com o Brasil de dar atendimento de saúde para todos os brasileiros, e o governo de Portugal que pagou, mas pagou.


Meu padrasto que não era residente, uma vez, em Portugal, tomou água sanitária pensando que era água, Hahahaha. Não me pergunte como isso se sucedeu, mas aconteceu. Foi pro hospital, não passou nem um dia lá, e outra “lapada”. Algumas centenas de euros ficaram por lá.


Entao, vale lembrar que para ter o que os outros tem, devemos pagar o preco que eles pagam!


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