Red Light District
Esse é aquele post que só de ler o título você já está com aquela cara (sorrisinho de lado) e pensando “safadeenha”. Então, me julgue mais. Porque o que posso dizer desse lugar é que foi o que mais gostei em Amsterdã. Os canais são um charme, mas já vi em outros lugares, a arquitetura imponente, os museus interessantes, mas diversas outras cidades possuem tão interessantes quanto. Agora, o que se vê na Red Light, meu amigo... é único.
Não que não exista prostituição e maconha liberada em outros locais, mas nada da forma como é feito por lá. O interessante não é ir a Red Light ver as mocinhas se exibindo na vitrine a espera de clientes, o legal é ver como a vida corre tranquila e normalmente diante a isso. Enquanto elas estão lá toda trabalhadas na sensualidade (algumas nem tanto né, vamos convir), a vovó e o vovô passeiam de mãos dadas, a família com os filhos caminham normalmente, o grupinho da escola passa sem apontar dedinho, dar risadinha e fazer piadinhas infames. Normal!
O interessante não é ver a “galera da erva” doidona, é ver como isso é tratado tão naturalmente que a partir de um certo ponto você realmente se esquece de algum dia você já considerou aquilo ali ilegal e criminoso. O que não significa que você vá experimentar por isso, afinal jiló também não é proibido no Brasil e eu nunca experimentei e nem pretendo. Simplista assim.
E “benzadeus” a criatividade da galera nos quesitos sexo e maconha. Dá de tudo. Chocolate, biscoito, pirulito, picolé...tudo sabor cannabis.
Nos sexy shops tem coisa que era demais pra minha mente limitada e até agora não desconfio pra que serve. E agora vocês estão achando que eu entrei em todos eles, com aquela olhadinha pra um lado e pro outro (só pra checar que ninguém está vendo), e lá fui eu pro quartinho escondidinho ver tudo. Rá, te peguei, nada disso. É tudo escancarado. E não tem olhadinha de canto de olho pra vitrine não, todo mundo para, troca ideia sobre os produtos como se estivesse escolhendo fruta na feira, sem pressão.
A região é cheia de lojinhas de souvenirs, mas nem pense em comprar o presentinho da mamãe por lá. Além disso é cheia de museus do assunto e casas de show de entretenimento adulto. Além disso há vários pubs e restaurantes, uma ótima opção para noite.
Gostei tanto das peculiaridades do local que fui duas vezes e já estou planejando voltar lá pra mostrar o meu marido que não foi comigo. Ele tem que ver isso! Rs. O lugar é singular.
É muito importante lembrar que não é permitido tirar fotos das profissionais (profissionais sim, já que nos Países Baixos a prostituição é profissão regulamentada) trabalhando. Então se quer tirar foto, tire das cabines vazias, ou das que estão com as cortininhas fechadas, o que significa que elas estão trabalhando, se é que você me entende. Eu estava com receio de ir lá sozinha, mas bobeira minha, é super tranquilo, não tem nada de submundo.
Algumas ruas pra trás, está a ChinaTown. Vale a pena dar uma caminhada até lá. Além do templo, não tem muito o que ver, mas há muito o que comer. Se você é fã de culinária asiática, vai curtir um almoço por lá.
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