top of page

Primeiro dia em Paris - da Galarie Lafayette a Torre Eiffel

A Cidade Luz é geralmente um dos primeiros destinos de qualquer viajante no velho continente. Não foi muito diferente para mim. Estive lá na minha primeira viagem ao exterior, quando fomos de Portugal a Alemanha de carro na Copa do Mundo de 2006. Entretanto, contratempos nos fizeram passar apenas um dia na cidade e só vimos a Torre Eiffel beeem de longe. O que não conta, né?

Ponto de início do tour em Paris, Galerie Lafayette.


Então em 2016, aproveitando uma conexão na cidade na volta do Cairo para o Brasil, fiz uma visita de quatro dias à cidade. Já adianto que quatro dias na cidade não é nada. Sei que já deve ter lido isso em vários blogs e já está cheio do clichê “Paris é muito grande e precisa de tempo”. Bom, clichês não são clichês à toa. No geral, quando leio esse tipo de coisa fico pensando, “ah, mas por que esse povo faz tudo devagar, eu consigo”. Bom, eu realmente já fiz algumas proezas como conhecer Verona e Veneza (relativamente bem conhecidos) em um bate e volta de trem de Milão. Mas, em Paris, leve a sério quando te digo.


Não é apenas pela quantidade de atrações, as distâncias são grandes. E apesar de serem grandes não é aquela distância que vale a pena pegar um transporte entre um e outro. Então, prepare os pezinhos.


A irmã de uma amiga estava morando em Paris e me recebeu na casa dela. O legal é que tinham outros amigos na casa dela na cidade a passeio e acabei tendo com quem passear. A casa dela ficava próximo à estação École Vétérinaire de Maisons-Alfort, que olhando no mapa está relativamente perto das atrações, e está considerando as proporções parisienses. Mas na prática eram 40 minutos de metrô até a Torre Eiffel. Acabei optando por comprar o pacote com 10 tickets para o metrô, segundo minha amiga para 3 dias apenas compensaria mais do que o passe e foi uma boa escolha.


No primeiro dia, eu estava sozinha e tinha a parte da tarde livre. Apesar de estar doida para explorar a cidade, era inverno e chovia bastante. Como eu não gosto muito de museus, decidi ir na Galarie Lafayette. Infelizmente não para fazer comprinhas, só para conhecer mesmo.


É o tipo do lugar que eu não posso ir com o Sedik. Sim, o louco por comprinhas aqui em casa é ele, e eu fico regulando. Se ele for, perde a cabeça e aí do cartão de crédito, rs. Mas eu adorei ir só para conhecer, a arquitetura é belíssima, os vitrais do teto então, nem se fala.

Sei que tem um terraço com uma vista linda, mas como fui para lá justamente por causa da chuva, nem subi para conhecer. Fiquei lá um tempo e enquanto isso fiquei avaliando o que fazer em seguida.

Embora não fosse a minha prioridade de visita, estava decidida a ir ao Louvre (por causa da chuva). Quando sai de lá de dentro, a chuva havia cessado, e aproveitei para passar na Ópera Garnier que fica bem pertinho e é linda.


De lá fui em direção ao Louvre, como não estava chovendo mais, já fui considerando a hipótese de não entrar, apenas tirar umas fotos e seguir passeio. Quando cheguei ao Louvre, despencou outra chuva, foi a conta de entrar na loja do museu para abrigar. E aí, na verdade, mesmo chovendo deu desânimo de entrar. A fila – debaixo de chuva – era gigantesca. Então entrar no museu não iria me poupar dela.



Não é que eu não goste de Museu, história ou arte, é que tenho preferência por outras atividades. E nesse caso, de tempo contado, que não daria para fazer tudo, eu escolhia as outras.


Fachada do Museu do Louvre


Por sorte enquanto eu estava lá calculando o que fazer naquela chuva e frio, ela parou novamente. Decidi andar mais um pouco. Passei pelo Arco do Carrousel, segui para o Jardin des Tuileries e caminhei até a Place de la Concorde.


O jardim, um dos mais emblemáticos de Paris, data do século 16 e conta com diversas esculturas de diferentes artistas e épocas. Tem também as famosas cadeirinhas verdes, para sentar e apreciar o tempo passar, como elas estavam todas molhadas, não deu para fazer isso. A via principal forma um lindo cenário. No inverno, as árvores secas e alinhadas conduzindo a enorme roda gigante ao final dela.


A Place de la Concorde foi palco de uma parte sangrenta da história francesa. Lá foram guilhotinados o rei Luís XVI, Maria Antonieta e outras mais de mil pessoas. É lá também que está o obelisco de Luxor, mas como eu tinha vindo do Egito, nem prestei muita atenção nele. Na verdade, o trânsito frenético da praça impede de prestar atenção com calma em qualquer coisa nela.


Dali, eu poderia seguir pela Champs-Élysées ou pela margem direita do rio Sena. Como quem quer ir a Paris quer mesmo é ver a Torre Eiffel de pertinho, julguei pelo mapa que seguindo pelo Sena seria o caminho mais curto. E era mesmo, mas caminho curto em Paris você anda, anda, anda... Como já era a tardinha, estava fazendo muito frio e embora não chovesse estava com muita neblina e vento. No início eu estava curtindo o caminho, a paisagem, mas no fim confesso que foi ficando meio sofrido não chegar nunca.


Cheguei a Torre Eiffel, igualzinho ao que imaginei (aliás não sobra muito à imaginação com a enxurrada de fotos em tempos de redes sociais), mas ainda sim diferente do que eu esperava. Talvez maior e mais imponente. A fome já estava apertando muito e lembrei de ter lido uma dica de um crepe maravilhoso por ali. Experimentei e aprovei.

Estava anoitecendo e como meu pé estava molhado, o frio estava apertando. Então nem esperei a Torre acender e fui para casa. Imaginei que teria outra oportunidade de vê-la acesa, mas não tive.

Posts Relacionados

Ver tudo

Programe sua viagem com a gente

Posts relacionados 

bottom of page